Margarida Gil diz que 2012 levou "muita gente insubstituível"

O ano que está prestes a terminar levou "muita gente insubstituível no cinema português", lamentou hoje a presidente da Associação Portuguesa de Realizadores (APR), Margarida Gil, a propósito da morte do cineasta Paulo Rocha, aos 77 anos.
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Paulo Rocha estava internado num hospital privado na zona do Porto, cidade onde nasceu a 22 de dezembro de 1935, e morreu hoje de manhã.

Contactada pela agência Lusa, a presidente da APR comparou o ano de 2012 a "um vendaval" no setor do cinema, com o desaparecimento, em maio, do cineasta Fernando Lopes, aos 76 anos, e hoje de Paulo Rocha, ambos realizadores emblemáticos do movimento do "Novo Cinema Português", iniciado nos anos 1960.

"Sentimos que o cinema em Portugal está muito frágil, vulnerável, por várias razões, e a perda destas pessoas insubstituíveis é como uma casa perder os seus pilares", afirmou a realizadora.

"Conheci-o muito bem e foi dos realizadores de que mais gostei. Estava sempre pronto a apoiar os outros e tinha uma predileção especial por tudo o que não fosse voz corrente", recordou Margarida Gil, referindo-se a Paulo Rocha.

Recorda-o ainda como "um realizador com um gosto muito seguro, um saber muito sólido sobre o cinema, um apaixonado, um solitário e divagador".

Paulo Rocha destacou-se no seu filme de estreia, "Verdes Anos" (1963) e, logo a seguir, "Mudar de Vida" (1966), considerados marcos do chamado "Novo Cinema Português".

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